sábado, 15 de novembro de 2008

ÊXITOS E INSUCESSOS

“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.” — Paulo.
(FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 12.)




Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente
preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo
de evidência.
São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque,
quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as
oportunidades de elevação que a vida lhes confere.

Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar,
com mais propriedade, os recursos materiais.

Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é,
muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.

Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e
da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados
favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.

Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do
caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo,
quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundãncia.

O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se
adaptam às mesmas finalidades sublimes.

A ignorância humana, entretanto, encontra
no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação.

Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou
da escassez, o conteúdo divino.

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