quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Severa Advertência

Meus filhos,


Estamos na grande luta.


Não consideramos fortuito este momento, que o acaso parece ter engendrado.
Estamos convidados a espalhar, a ampliar fronteiras do reino de Deus, mas
não creiam que a tarefa é muito fácil.


Crucificados, os discípulos do Mestre verdadeiramente leais prosseguem em
trevas invisíves.


Ontem era a arena, o madeiro, o cárcere, o exílio forçado, as labaredas, o
degredo, o abandono dos afetos mais caros, mas, hoje, também é assim:
degredos e exílios intimos, abandonos, soledade, sofrimento e perseguições
neste intercâmbio dos dois mundos em litígio, em que as forças da loucura e
da insensatez se aglutinam para apagar da História o nome do Mestre,
induzindo cristãos desatentos a estados patológicos irreversíveis, por
enquanto, deixando as marcas purulentas da má conduta, tisnando o nome do
ideal que abraçam por Jesus.

Estamos convocados a prosseguir. Cada um de nós é convidado a uma cota que
não pode ser menosprezada, ao testemunho silencioso aureolado de alegria,
porque o reino não é daqui, não obstante aqui comece.


Demo-nos as mãos e preparemos-nos, porque a luta recrudescerá.


As dificuldades multiplicar-se-ão.


O profano insinua-se no divino, o vulgar no especial, o ridículo no ideal.


Tenhamos cuidado, meus filhos, para que as nossas Casas não sejam invadidas
por torvelinhos que lhes descaracterizem a pureza da vivência evangélica ali
instalada.

Mantenhamo-nos unidos, sem que os miasmas da perturbação intoxiquem e as
imposições do desequilíbrio predominem.


O Cristão sem sacrifício está sem Cristo.


Discípulo sem disciplina encontra-se sem Mestre.


Aprendiz sem dever está à própria sorte.


Jesus nunca nos desampara, mas é provável que o preteiramos para ir, por
preferência, à busca de outros condutores mais consentâneos com as nossas
aflições desmedidas e necessidades falsas, acalentadas no desperdício.


Uma equipe de trabalhadores que compreende o significado da fé, vivendo pela
fé, para a fé, é que o Senhor de todos nós espera, neste momento. Meus
filhos, que o Senhor nos abençoe e nos guarde. São os votos do servidor
humílimo e paternal de sempre,

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