sábado, 15 de novembro de 2008

No Silêncio da Saudade

O céu não é insensível aos apelos aflitos dos corações que choram e sangram, na Terra, na saudade de seus amados, transferidos de plano pelo fenômeno da morte física.
Entretanto, na comunicação entre os dois mundos, precisam ser vencidas certas dificuldades de natureza emocional, psíquica e instrumental.
Muitas vezes o silêncio da saudade, na ausência aparente, é imposição de disciplina necessária e de amor legítimo, muito mais bondosa e justa do que poderá supor quem não possua maior conhecimento de causa.
Haja, pois, em cada um de nós, suficiente entendimento e humildade de coração, para agradecermos a Jesus as bênçãos misericordiosas que nos concede, até mesmo quando nos nega aquilo que imaginamos desavisadamente seja o melhor para nós.
Guardemos nosso coração em paz e estejamos certos de que é dentro de nossa própria alma que temos que ver e ouvir os que verdadeiramente amamos, cuja imagem e cuja voz devem vibrar no imo de nós mesmos.
Todos precisamos adquirir, no bojo do tempo, a ciência da renúncia e do silêncio, para o acrisolamento do verdadeiro amor, aprendendo com a Natureza a construir permanentemente e sem alardes a grandeza da vida.

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