sábado, 15 de novembro de 2008

Ensejo ao Bem

“Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? — Então, aproximando-
se, lançaram mão de Jesus e o prenderam.”
— (MATEUS, capítulo 26,versículo 50.)

É significativo observar o otimismo do Mestre, prodigalizando
oportunidades ao bem, até ao fim de sua gloriosa missão de verdade e amor, junto dos homens.
Cientificara-se o Cristo, com respeito ao desvio de Judas, comentara
amorosamente o assunto, na derradeira reunião mais íntima com os discípulos, não guardava qualquer dúvida relativamente aos suplícios que o esperavam; no entanto, em se aproximando, o cooperador transviado beija-o na face, identificando-o perante os verdugos, e o Mestre, com sublime serenidade, recebe-lhe a saudação carinhosamente e indaga: Amigo, a que vieste?
Seu coração misericordioso proporcionava ao discípulo inquieto o ensejoao bem, até ao derradeiro instante.
Embora notasse Judas em companhia dos guardas que lhe efetuariam a
prisão, dá-lhe o título de amigo. Não lhe retira a confiança do minuto primeiro, não o maldiz, não se entrega a queixas inúteis, não o recomenda à posteridadecom acusações ou conceitos menos dignos.
Nesse gesto de inolvidável beleza espiritual, ensinou-nos Jesus que é
preciso oferecer portas ao bem, até à última hora das experiências terrestres, ainda que, ao término da derradeira oportunidade, nada mais reste além do caminho para o martírio ou para a cruz dos supremos testemunhos.

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