quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DAR

E dá a qualquer que te pedir; e, ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 6, versículo 30.)


O ato de dar é dos mais sublimes nas operações da vida; entretanto, muitos homens são displicentes e incompreensíveis na execução dele.
Alguns distribuem esmolas levianamente, outros se esquecem da
vigilância, entregando seu trabalho a malfeitores.
Jesus é nosso Mestre nas ocorrências mínimas. E se ouvimo-lo
recomendando estejamos prontos a dar “a qualquer” que pedir, vemo-lo
atendendo a todas as criaturas do seu caminho, não de acordo com os
caprichos, mas segundo as necessidades.
Concedeu bem-aventuranças aos aflitos e advertências aos vendilhões.
Certo, os mercadores de má-fé, no íntimo, rogavam-lhe a manutenção do
“statuquo”, mas sua resposta foi eloqüente. Deu alegrias nas bodas de Caná e
repreensões em assembléias dos discípulos. Proporcionou a cada situação e a
cada personalidade o que necessitavam e, quando os ingratos lhe tomaram o
direito da própria vida, aos olhos da Humanidade, não voltou o Cristo a pedirl-hes
que o deixassem na obra começada.
Deu tudo o que se coadunava com o bem. E deu com abundância,
salientando-se que, sob o peso da cruz, conferiu sublime compreensão à
ignorância geral, sem reclamação de qualquer natureza, porque sabia que o
ato de dar vem de Deus e nada mais sagrado que colaborar com o Pai que
está nos céus.

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