sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CONSTRUIR

Em muitas ocasiões, lamentamos as dificuldades para fazer aquilo que os mensageiros do Senhor nos solicitam.

Todos eles nos pedem construir o bem, onde estivermos. Dentro de casa, no lugar de trabalho, nos encontros e nas ruas. Em suma, levantar os alicerces do bem que estamos aguardando para os dias porvindouros.

Sabemos o que fazer mas, habitualmente, nos detemos nos obstáculos e divergências, perdendo tempo e oportunidade.

Não raro, subestimamos a sinceridade e a franqueza dos amigos valorosos que nos convidam à coragem e à persistência na execução de nossos encargos e identificamo-nos, com facilidade, com os que choram e se lastimam ao invés de trabalhar.

Aderindo à falange da queixa, passamos a censurar o clima social, clamamos contra o afastamento de determinados companheiros, apresentamo-nos na condição dos peregrinos de pés sangrentos e exibimos as mãos calejadas.

Entretanto, não fomos engajados na obra do Cristo para fiscalizar o comportamento do próximo, para inventariar reclamações, deplorar-nos ou chorar inutilmente e sim para construir.

Se nos sentimos incomodados por inquietações e discórdias, estirados em azedume e tristeza, levantemo-nos para servir.

Cada pequenina realização é um tijolo simbólico assentado na edificação a que fomos submetidos.

O diálogo com a criança, insuflando-lhe pensamentos de compreensão e generosidade. Uma frase de bom-ânimo para com os amigos ameaçados pelo esmorecimento. Um apelo à renovação dos companheiros abatidos. Algum comentário sobre a necessidade de mais luz e mais dedicação no desdobramento das tarefas de benefício, em favor do próximo. A migalha amoedada com que se atenua a aflição ou a penúria de alguém. O amparo ao doente. Qualquer desses recursos são tijolos de paz e amor na conscientização do Reino do Bem.

Não importa que a ventania da discórdia esteja rugindo em torno de nós. O importante será erguer o coração e as mãos, a palavra e a atitude para construir.

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