terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sussurro de Deus!

Conta-se que um amigo levou um índio para passear
no centro de São Paulo.
Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos
edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo.
Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes,
dos automóveis, as pessoas falando em voz alta.
De repente o índio falou:
Ouço um grilo...
O amigo espantado retrucou:
* Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!
O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo.
Tomando o seu cicerone pela mão, levou-o até um
canteiro de plantas.
Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto:
* Como? -Perguntou o amigo, ainda sem crer.
O índio pediu-lhe algumas moedas, e então jogou-as
na calçada.
Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal,
muita gente se voltou:
* Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado
com este tipo de barulho.
As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque
foram condicionados a reagirem a esse tipo de estímulo.
Depois arrematou:
* A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir.
Vivemos em um mundo materialista.
A vida nos impõem que sejamos muitas vezes duros.
Acabamos nos tornando céticos.
A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles
que tem o ouvido sensível.
Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa
alma inquieta não nos permitem perceber o Divino.
Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos
impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só
se percebem com o espírito.
Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo
Eterno, escutam o sussurro de DEUS.

Desejo a todos, que consigamos,
apesar do tumulto que nos cerca,
escutar o sussurro de "Deus".

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