quinta-feira, 18 de setembro de 2008

QUEM É, NÃO DIZ QUE É

Não fales que perdoas se, no peito,
Trouxeres, do rancor, qualquer resquício...
Se, em tua mente, houver qualquer indício,
Do mal que, um dia, alguém tenha-te feito.

Não digas ter amor se não te importas,
Com os que padecem e te procuram ansiosos...
Se vives junto, apenas dos ditosos,
E os desesperançados não confortas.

Não digas, ser cristão, de boca cheia,
Se ainda falas mal da vida alheia,
Se cultivas, em ti, qualquer má fé.

Mostra o que és, apenas por teus atos;
Palavras são palavras, não são fatos;
Quem é, não diz que é... Apenas é.

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