domingo, 7 de setembro de 2008

O TEU DOM

"Não desprezes o dom que há em ti" - Paulo. (I TIMÓTEO, 4:14.)


Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros
do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros
dominados por nocivas inquietações.
O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já
recebidas, a fim de que possamos solicitar
concessões novas.
Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons
do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los,
a benefício de todos, em nome do Divino Doador.
Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a
obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador
se impõe certa particularidade de serviço.
Diariamente, haverá mais farta distribuição de
luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que
já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz
da comunidade.
Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a
mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.
Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário
do Mestre, em qualquer parte.
Basta que compreendas a obrigação fundamental, no
trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo,
incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.
Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial
para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto
de vista fenomênico.
Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos
desencarnados, lembra-te de que também és um
espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever
de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.

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