quinta-feira, 18 de setembro de 2008

“Indulgência”

Cada nascer do sol é nova luz para que aí nos desfaçamos da sombra que ainda nos obscurece o espírito.



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E, nos círculos da evolução em que ainda te agitas, a claridade matinal é como que o convite sempre renovado para as obras do bem.



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A Infinita Bondade do Céu te apagou a lembrança temporariamente, afim de que o esquecimento te valorize a movimentação da consciência sempre livre para escolher.



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Cada sofrimento é uma sombra que estende no passado e que volta ao presente a fim de que a transformes em luz.



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Sem a chave da reencarnação, a vida inteira reduzir-se-ia a escuro labirinto.



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De existência a existência, no mundo, nossa individualidade imperecível sofre o desgaste da imperfeição, assim como o aprendiz, de curso a curso, na escola, perde o fardo da ignorância.



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Suporta as dificuldades com amor na certeza de que a morte virá um dia aclarar-ter o pensamento e devolver-te a visão.



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É natural solicites socorro à Infinita Bondade, no entanto, não rogues serviço conforme a tua capacidade, mas, sim capacidade segundo o serviço que te compete.



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Corações isolados na sensibilidade egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, parecem cardos amargosos na terra seca.



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Almas em sofrimento constante que sabem cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem passa os melhores testemunhos de amor e coragem são roseiras abençoadas, produzindo flores de paz e alegria, sobre os pinheiros terrestres.



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Perdão é requisito essencial no erguimento da libertação e da paz.



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Casamento, companheirismo, equipe, agrupamento e sociedade são instituições nas quais é forçoso que o verbo amar seja conjugado todos os dias.



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“Acharás o que procuras” – disse-nos o Senhor.



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E, em cada instante de nossa vida, estamos recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a colheita melhor de amanhã.



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Moléstias do corpo e impedimentos do sangue, mutilações e defeitos, inquietações e deformidades, fobias complexas e deficiências inúmeras constituem pontos de corrigenda do nosso passado que hoje nos restauram a frente do futuro.



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O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio. O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.



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Combatemos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.



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Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.



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As dores que recebemos são a colheita dos espinhos que arremessamos.



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Agora ou amanhã, recolheremos sempre o fruto vivo de nossa sementeira.



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Quem se vinga desce aos despenhadeiros da sombra.



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Façamos luz no espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da própria imortalidade.



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Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.



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Caridade que ampara com o objeto de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiros do orgulho.



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Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.



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Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.

A caridade legítima jamais aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece, não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.



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Mobilizemos nossos verbalísticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.



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A língua revela o conteúdo do coração.



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Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.

Vale-te das benções do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a dor e a luta de agora por preciosos recursos de reajuste, concórdia e sublimação.



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Nem ontem, nem amanhã, mas agora ...

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