terça-feira, 9 de setembro de 2008

Carência Malvada

Bateu uma tristeza inesperada,
uma saudade inexplicável do que não foi,
um desejo pelo que não aconteceu,
uma lembrança do que não vivemos...

Ah! carência malvada que tortura.
Que me deixa na dúvida, me confunde.
Não consigo encontrar o amor,
e por isso, não gosto do que vejo em mim,
me esqueço de coisas simples,
até de gostar de quem gosta de mim.

As vezes me pego amargurado,
e por vezes, sinto-me amargo,
e preciso pedir desculpas para os amigos,
pedir perdão por palavras duras,
pelo carinho que não dei...

Das lembranças que me afogam,
vejo um rosto indefinido,
sinto no ar um perfume sem marca,
cheio da paixão que me sufoca,
e as lágrimas vem em abundante riacho,
esvaziando o coração, marcando o peito,
que de tanta dor se cansa,
e eu me pergunto, em meio ao pranto.
onde andará o meu amor?

Ah! carência malvada que tortura,
nem a maior paciência te atura.

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