quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Senhor!

Ó, Senhor! Sois a luz de minha vida,
Não importa a treva se a noite é sonho
Não importam os mares se o céu é risonho...
Nada importa, por que viver iludida?

Sois o caminho da vida em pranto,
A seiva da árvore revestida ali
Os ninhos onde perto adormeci,
Sois Vós do universo todo manto.

As estrelas do poente sois Vós
O entardecer leve, sereno, sereno,
Todos os rios, até o mais pequeno
Regozija de lonhos lindos por nós!

Ó, Senhor! Iluminai os remansos,
Esses que dormem implorando amor!
deixai de vossas mãos cair a flor
a Flor caída sobre os ninhos mansos.

Encantastes o mundo, recolhestes estrelas
Arborizastes os vales, sombreastes os mares
Acalmastes as ondas, acalmastes os ares
Guardastes nos céus as luas vermelhas.

Ó, Senhor, dai-me a força dos astros!
Fechai as portas ao entardecer,
Defolhai rosas quando eu fenecer...
Na brisa azul seguirei vossos passos.

Sem comentários: