quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Santa Monica

Sabemos pouco sobre a infância de Santa Mônica; muito do que nos chegou sobre sua vida foi através das "Confissões" de Santo Agostinho, seu filho.
Ela nasceu em Tagaste, Algéria, em 332. Casou-se cedo com Patrício; ele era pagão e tinha um temperamento violento.
A vida de casada de Mônica era muito difícil, seu marido se aborrecia com suas orações.
Muitas mulheres de Tagaste tinham problemas em casa e Mônica, com sua doçura e paciência, era um exemplo para elas.
O casal teve três filhos: Agostinho, Navigius e Perpétua. Nenhum deles foi batizado enquanto pequeno. Agostinho lhe dava muitos problemas e foi mandado para Madaura para estudar. Ela teve uma compensação: a conversão de seu marido, que morreu logo depois.
Santa Mônica decidiu não se casar novamente. Nesse ínterim, Agostinho foi seguir seus estudos em Cartago, onde aderiu à seita dos maniqueus.

De volta em casa, Agostinho levanta proposições heréticas e sua mãe o expulsa, mas ela volta atrás. Santa Mônica vai se aconselhar com um bispo, que a ajuda a perceber que o tempo da conversão de Agostinho ainda não tinha chegado.
Agostinho viaja escondido para Roma e sua mãe o segue. Quando ela chega, ele já tinha partido para Milão e ela continua em seu percalço; chegando, ela conhece o bispo de Milão, Santo Ambrósio, que contribui para a conversão de Santo Agostinho em 386. Agostinho é batizado no ano seguinte, na igreja de São João Batista, em Milão. Ainda em 387 resolvem voltar à África e Santa Mônica morre na viagem, em Ostia, perto de Roma, onde é enterrrada.
Santa Mônica fica como esquecida durante anos até que, no século XIII, seu culto começa a se espalhar e, no calendário da Igreja, foi marcado o dia 4 de maio, véspera da conversão de seu filho, para se realizarem festas em sua homenagem.
Em 1430, o Papa Martinho V ordenou que suas relíquias fossem levadas para Roma e muitos milagres aconteceram no caminho, consolidando o culto da santa. O arcebispo de Rouen, Cardeal d'Estouteville, construiu uma igreja em Roma em honra a Santo Agostinho e depositou as relíquias de sua mãe em uma capela à esquerda do altar principal. O Ofício de Santa Mônica só entrou no Breviário Romano no século XVI.
Em 1850 foi criada na Notre Dame de Sion, em Paris, uma associação de mães cristãs com o patronato de Santa Mônica, com o objetivo de fazer orações mútuas por maridos e filhos. Esta associação foi elevada a arquiconfraria em 1856 e se espalhou rapidamente pelo mundo católico, com filiais em Dublin, Londres, Liverpool, Sidney e Buenos Aires.
Oração
(para pedir a conversão de um filho)
Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas, alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo, Santo Agostinho, olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família. Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.
Santa Mônica, fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo. Dai-me esta alegria e eu serei sempre agradecido(a).
Santo Agostinho, rogai por nós. Santa Mônica, atendei-me. Amém.

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