sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O PERDÃO DAS OFENSAS

O teu agressor, talvez, noutra circunstância, levantará a voz em tua defesa.

O teu adversário, possivelmente, em situação diferente, será o amigo que te distenderá a mão em socorro.

O teu caluniador, quiçá, em posição diversa, virá em teu auxílio.

O teu inimigo, certamente, passada a injunção de agora, ser-te-á devotado benfeitor.

O teu acusador, superado o transe que o amargura, far-se-á o companheiro gentil da tua jornada.

Perdoa-os, portanto, hoje que se voltaram contra tua pessoa, levantando dificuldades no caminho pelo qual avanças.

Perdoa as suas ofensas sem impores quaisquer condições, sequer aclarando incompreensões e dirimindo equívocos.

O perdão deve assentar-se no esquecimento da ofensa, no repúdio total ao mal, sem exigências.

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Não sabes como se encontra aquele que se ergue para ferir-te, acusar-te.

Ignoras como vive intimamente quem se fez inimigo revel.

Desconheces a trama em que tombou o companheiro, a ponto de voltar-se contra ti.

Ainda não experimentaste a dolorosa aflição que padece o outro — o que está contrário a ti e te flecha com petardos venenosos, amargurando-te as horas...

É certo que nada justifica a atitude inimiga, a posição agressiva, a situação adversária.

No entanto, se fosses ele, talvez agisses da mesma forma ou pior.

Para evitar que isso que aconteça, exercita o perdão, preparando-te para não tombares na rampa por onde outros escorregaram...

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Quem perdoa ofensas adquire paz e propicia paz.

Quem esquece o mal de que foi vítima, vitaliza o bem de que necessita.

Nunca te faças inimigo de ninguém, nem aceites o desafio dos que se te fazem inimigos, sintonizando na faixa deles.

Se não conseguires superar a injunção penosa, que os teus inimigos criam, ora por eles e pensa neles com paz no coração.

O inimigo é alguém que enfermou...

Recorda de Jesus que, mesmo vítima indébita, perdoando, rogou ao Pai que a todos perdoasse, porque “eles não sabiam o que estavam a fazer”.

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