quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O PAI NUNCA DESISTE

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens,
uma grande fazenda, muito gado e vários empregados.
Tinha ele um único filho, que, ao contrário do pai,
não gostava de trabalho nem de compromissos.
O que ele mais gostava era de festas,
estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos
só estavam ao seu lado
enquanto ele tivesse o que lhes oferecer,
depois o abandonariam.

Os insistentes conselhos do pai lhe
retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem
dar o mínimo de atenção.

Um dia o velho pai,
já avançado na idade,
disse aos seus empregados para construírem
um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele
mesmo fez uma forca, e junto a ela,
uma placa com os dizeres:

" Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai ".


Mais tarde chamou o filho,
o levou até o celeiro e disse:
- Meu filho,
eu já estou velho e quando eu partir,
você tomará conta de tudo o que é meu,
e sei qual será o seu futuro.
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos
empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos,
irá vender os animais e os bens para se sustentar,
e quando não tiver mais dinheiro,
seus amigos vão se afastar.
E quando você não tiver mais nada,
vai se arrepender amargamente de não
ter me dado ouvidos.
É por isso que eu construí esta forca;
sim, ela é para você,
e quero que me prometa que se acontecer o que eu disse,
você se enforcará nela.
O jovem riu, achou absurdo,
mas, para não contrariar o pai,
prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer.

O tempo passou,
o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo,
mas assim como se havia previsto,
o jovem gastou tudo, vendeu os bens,
perdeu os amigos e a própria dignidade.

Desesperado e aflito,
começou a refletir sobre a sua vida e viu que
havia sido um tolo,
lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai,
se eu tivesse ouvido os teus conselhos,
mas agora é tarde,
é tarde demais.

Pesaroso,
o jovem levantou os olhos e longe avistou
o pequeno celeiro,
era a única coisa que lhe restava.
A passos lentos se dirigiu ate lá e,
entrando,
viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai,
não pude alegrá-lo quando estava vivo,
mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele,
vou cumprir minha promessa,
não me resta mais nada.

Então subiu nos degraus e colocou a corda
no pescoço e disse:
- Ah! se eu tivesse uma nova chance ...
E pulou,
sentiu por um instante a corda apertar sua garganta,
mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente,
o rapaz caiu no chão,
e sobre ele caíram jóias,
esmeraldas, pérolas, diamantes;
A forca estava cheia de pedras preciosas,
e um bilhete que dizia:
- Essa é a sua nova chance.
Eu te Amo muito,


Seu Pai.

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