quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A Fé

Eu sou a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, chamo-me a Fé.

Sou grande e forte; aquele que me possui não teme nem o ferro e nem o fogo: é a prova de todos os sofrimentos físicos e morais.
Irradio sobre vós com um facho cujos jatos faiscantes se refletem no fundo dos vossos corações, e vos comunica a força e a vida.

Diz-se entre vós que ergo as montanhas, e eu vos digo: venho erguer o mundo, porque o Espiritismo é a alavanca que deve me ajudar. Uni-vos, pois, a mim, eu sou a Fé.

Eu sou a Fé! Habito, com a Esperança, a Caridade e o Amor, o mundo dos puros Espíritos;

freqüentemente, deixei as regiões etéreas, e vim sobre a Terra para vos regenerar, dando-vos a vida do Espírito;

mas, à parte os mártires dos primeiros tempos do Cristianismo, e alguns fervorosos sacrifícios, de longe em longe, ao progresso da ciência, das letras, da indústria e da liberdade, não encontrei, entre os homens, senão indiferença e frieza, e retomei tristemente meu vôo para os céus;

vós me crieis em vosso meio, mas vos enganastes, porque a Fé sem as obras é uma aparência de Fé; a verdadeira Fé é a vida e a ação.

Antes da revelação do Espiritismo, a vida era estéril, era uma árvore seca pelos estrondos do raio que não produzia nenhum fruto.
Não se me reconhecia pelos meus atos: eu ilumino as inteligências, aqueço e fortaleço os corações;
expulso para longe de vós as influências enganadoras e vos conduzo a Deus pela perfeição do espírito e do coração.

Vinde vos alinhar sob minha bandeira, sou poderosa e forte:
eu sou a Fé.

Eu sou a Fé, e o meu reino começa entre os homens;
reino pacífico que vai torná-los felizes para o tempo presente e para a eternidade.

A aurora de meu advento entre vós é pura e serena; seu sol será resplandescente, e seu deitar virá docemente embalar a Humanidade nos braços das felicidades eternas.

Espiritismo! Derrama sobre os homens o teu batismo regenerador; faço-lhes um apelo supremo: eu sou a Fé.

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