quinta-feira, 14 de agosto de 2008

DEUS NA NATUREZA

A cada novo dia a natureza nos oferece espetáculos de belezas sem fim...

Quem já não contemplou a maravilha de uma gota de orvalho a brilhar, refletindo a luz do Sol?

Uma simples teia de aranha e sua engenharia perfeita...

A relva verde..., o andar desengonçado de um João de barro, logo ao amanhecer...

Uma folha seca bailando no ar prenunciando o inverno...

O céu de anil com suaves pinceladas brancas como se fossem nuvens de algodão.

O entardecer, quando o sol se despede deixando rastros em vários tons dourados como se fosse ouro derretido, levemente espalhado por mãos invisíveis...

A lua cheia refletida num lago, parecendo um grande espelho líquido...

A cantoria do vento na folhagem das árvores, qual suave melodia, convidando a sonhar...

O olhar de um cão solitário, pedindo companhia...

O balançar do salgueiro, lembrando mãos distendidas nas margens dos rios e lagos, como a protegê-los...

O ir e vir das ondas, acariciando a areia quente das praias como querendo amenizar o calor...

O cheiro do mato, após a chuva...

A água cristalina dos rios que correm por entre as montanhas, como se fossem veias transportando a vida.

O sorriso inocente na face da criança, pedindo amparo e proteção.

As pegadas do lavrador nas estradas poeirentas que conduzem ao eito...

O galopar do cavalo evidenciando sua liberdade...

O abrir e fechar das asas da borboleta sobre a flor, a andorinha fazendo acrobacias no ar, a garça solitária à espreita do alimento.

O abraço afetuoso de um amigo. O rosto sulcado do ancião, que não teme a velhice por saber que ela não alcança o espírito. As mãos calejadas do trabalhador...

A noite bordada de estrelas a nos mostrar a grandeza do universo infinito...

Uma gota d’água na pétala de uma rosa, refletindo outras tantas rosas...

O tamborilar da chuva no telhado... A goteira a cantar na calha...

A araucária secular, com seus galhos esparramados, debulhando as pinhas para saciar com seus frutos a fome dos pássaros.

O cricrilar do grilo, o coaxar da rã, o piar da coruja fazendo-se anunciar na noite silenciosa.

O som melodioso extraído do teclado por mãos habilidosas.

A harmonia das cores nos canteiros floridos das ruas e praças...

O dia, que a cada amanhecer renova o convite para que vivamos em harmonia, imitando a natureza.

Essas e outras tantas belezas são a presença discreta de Deus na natureza que nos cerca. Dizendo-nos que também somos Suas criaturas e que fazemos parte desse universo maravilhoso, e que, acima de tudo, somos herdeiros desse mesmo universo como filhos do Criador, que somos todos nós.

* * *

“A contemplação da natureza oferece ao homem, incontestavelmente, inefáveis encantos. Na organização dos seres descobre-se o incessante movimento dos átomos que os compõem, tanto quanto a permuta constante e operante entre todas as coisas.

Justa é a nossa admiração por tudo o que vive na superfície da Terra”.

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