segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Como Náufragos

Achegou-se,
como se salvação eu fosse.
Arranquei-lhe a tábua,
que já nem flutuava,
conseguí levá-lo
para outras pastagens.

Tentei,
na minha explicação,
que náufragos, ambos éramos,
para sobrevivermos,
necessitaríamos,
que um de nós
deixasse de ser

Olhei-o com tanta compaixão,
e no meu olhar refletido,
inverteu-se a situação.
Aprumou-se,
fez-se forte,
reiniciamos o nosso levantar.

Claudicando, ora para meu lado
ora para a margem do nada,
recomeçamos a andar.

O gostoso caminhar permanece,
Recontamos nossas verdades
Omitímos muitas mentiras,

Tal qual, sorriso de criança,
que não engana,
temos construído a vida,
que fácil não é,
mas, maravilhosa é ser vivida!

Sem comentários: