quinta-feira, 14 de agosto de 2008

CARIDADE PARA CONOSCO

Não nos esqueçamos de que há também uma caridade
que devemos a nós mesmos, a fim de que a caridade
que venhamos a praticar, à frente do mundo, não se
reduza a mera atitude de superfície.

Caridade que nos eduque no espírito do Senhor, cuja
Doutrina de luz abraçamos com o pensamento e com
os lábios e que, pouco a pouco, nos cabe esposar com
toda a alma e coração.

Para exercê-la é preciso saibamos: -

perdoar as faltas alheias sem desculpar-nos;
cooperar nas boas obras sem aguardar a colaboração
do companheiro;
ajudar aos que nos cercam sem esperar que nos
retribuam;
dar do que temos e detemos sem cobrar o imposto
da gratidão;
iluminar o caminho que nos é próprio, aprendendo
a vencer as sombras que ainda se nos adensem ao
redor;
calar para que os outros falem;
defender os outros, sem procurar defender-nos;
humilharmo-nos, sem pedir que os outros se
humilhem;
reconhecer nossas falhas e corrigi-las;
servir sem recompensa, nem mesmo a da compreenção
que nos remunera com o salário do reconforto;
trabalhar incessantemente, sem aguardar aguilhões
que nos constranjam ao desempenho dos deveres
que nos competem;
sentir no irmão de experiência necessidades e
dores iguais às nossas, para que a vaidade não nos
induza à cegueira;
considerar a bondade constante do Senhor que opera
sempre o melhor, em nosso benefício, e cultivar o
reconhecimento a Ele, através do sacrifício, em favor
daqueles que nos rodeiam.

Aperfeiçoarmos-nos por dentro é ajudar por fora
com mais segurança e como salvar significa recuperar
com finalidades justas no trabalho comum, assim como
oferecemos mão forte à árvore a fim de que ela cesça,
frondeje e produza para o bem de todos, salvando-se
da inutilidade, também o Senhor nos estende braços
amigos para que nos aprimoremos, transformando-nos
em instrumentos vivos de seu infinito Amor, onde
estivermos.

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